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quinta-feira, 22 de maio de 2008
Meus Tipos

A Visita

Os Macacos

Domingo. Fim de uma invernada braba, tapete verde completamente encharcado, no campo de futebol do Esporte Clube Arroio Grande. O Seu Belinho Hernandez, debruçado na cerca do campo, olhando uma partida do seu time, que enfrentava um adversário castelhano daqui da Coxilha, vendo que o Alvim Caminhão se aproximava devagarzinho, como era costume, cumprimenta-o muito respeitoso. Ato contínuo, com o humor, olhando para o chão, avaliando aquele imenso lodaçal, aquele barreiro de dar medo em galochas, lascou: - tu deves ter chegado aqui com muita facilidade, Alvim... Prestou atenção para uma jogada em que o Tritri atrasou a bola para o Jamel, e completou: Foi só colocar umas correntes nas rodas e vieste no bem bom... Ao que o Alvim Caminhão, em enorme desamparo, se lamentou: - Pô! Até o senhor, Seu Belinho!
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Negro, com tez amulatada, vindo das bandas do Herval, o Alvim era maleiro na estação rodoviária e tinha como paradeiro uma pequena peça cedida no Hotel do Seu Chico Bonneau. O Alvim era baixo, gordo, com a testa achatada e os braços pendidos ao longo do corpo. Suas pernas tortas em ganchos, em tudo davam razão ao outro apelido, principalmente por seus olhinhos pequenos e redondos, muito juntos do nariz, no meio dum carão imenso. Sempre com as mãos torcendo pedaços de arame a envelopes de sonrisal jogados fora. Xingava meio mundo quando era chamado por apelido. Às vezes, com preguiça de soltar o verbo – por que não havia nenhuma mulher por perto, para ouvir as bandalheiras que saiam da sua boca - até deixava passar nossas brincadeiras quando buzinávamos a sua passagem. Mas, para nossa saudade - saudade mesmo -, se o chamássemos de Macaco Rabão, ele diminuía o passo e se postava virado para o rumo da zombaria, desfiando uma infindável coleção de bandalheiras... Minha Nossa! Valia a pena!
quarta-feira, 21 de maio de 2008
A Lixa

A Rifa

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