Al Di Lá

Você se lembra do filme Candelabro Italiano?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A Caçada
Jorginho Menaides. Negrinho esperto, cheio de boas amizades, nunca lhe falta companhia. Seja para uma caçada de marrecão, ou uma pescaria, ele, sempre disposto, está a postos para fazer um carreteiro. É a sua especialidade, por maior que seja o panelão. Com ele, sem desprezar o Anacleto, o Ni, ou o Tuíca, é tiro e queda e o arroz se apronta sempre soltinho e delicioso. A despeito de todas estas habilidades, tem ele uma incumbência honrosa e perpétua para toda e qualquer farra que os amigos inventam: juntar as percantas para coroar as memoráveis cafajestadas que, diga-se de passagem, com o Jorginho nunca há falhas. É barrerão. É sempre companheiro. Mas, vai daí, um dia, já nos finalmentes em que os apetrechos para uma caçada ao marrecão estavam sendo checados, o Avelino, de última hora, naquele átimo fatal do e lá se vamos, lembrou que faltava, na enorme lista de apetrechos, riscar a palavra vaselina, substância imprescindível em toda e qualquer boa farra. Para fechar a lista, foram, então, até à farmácia da Olga onde o Jorginho, com uns pilas na mão desceu para comprá-la. Os amigos, esperando, olhavam a conversa dele com as meninas do balcão fazendo o pedido quando, lá de dentro, ele se vira para a porta da rua e grita: “ -E aí, guris, é sólida ou em líquido?” Primeriando a resposta, o Mano Dora, o mais moleque da turma, no mesmo tom, para que as gurias ouvissem, também grita: “Não sei, negão, o fiofó é teu..., te vira..., tamo fora...!!!

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