Al Di Lá

Você se lembra do filme Candelabro Italiano?

domingo, 18 de setembro de 2011

A realidade supera a ficção

Zorra Total de ontem: a Valéria, duvidando do título de miss que a Babuína dizia ter conquistado, foi cáustica: - Olha Babuína, se tu concorresses sozinha chegarias em segundo lugar... Por aqui, com a realidade superando a ficção, o Cizico, numa corrida de fundo, correu só e chegou em segundo lugar. Este, sempre suportando uma suave mas insistente maledicência de que tem pé-frio, muitas vezes, nesta vida, a bem da verdade, angariou sucessos. Nem sempre foram os espinhos da má-sorte que o acompanharam. Para desmoronar essa teoria muitas rosas no seu caminho: Já foi assistir grenais e viu o seu tricolor sair campeão do Estado. Depois, quantas, quantas vezes, também, o Caturrita e o Saci se enfrentaram e o Cizico fez carnaval na Doutor Monteiro e bebeu cerveja, sempre de graça, no Café? Então, farrear de graça não é ser de sorte? O Cizico já teve, ainda, alguns segundos de glória quando apareceu, ao vivo pela Band, com um cartaz de Estamos contigo Vanucci... num jogo da Seleção Canarinho, em Montevideo e veio de lá vencedor. Não faz muita justiça, pois, a fama que lhe dão. No entanto, nessa torrente de vivências que acompanha a sua trajetória neste mundo, ao menos que se tenha conhecimento, na história de nossa cidade, foi ele a única pessoa que disputou sozinho – sozinho mesmo! -- uma corrida de fundo e perdeu... Vamos apelidar o que aconteceu de Complexo de Babuína já que há complexos para tudo... O caso, que ainda está vivo na memória de muita gente, deu-se numa pernada esportiva que o time Caturrita patrocinou tempos atrás. Organizou-se uma corrida de fundo em que treze duplas, à moda da loteria esportiva, marcariam os vencedores nas três colunas. A corrida foi, como sempre, da esquina da sinaleira até o Clube do Comércio. Na Praça da Matriz ficou a Mesa da Comissão que organizou o evento. E, numa das duplas deveriam correr o Cizico e o Nico. O Nico, que por motivo de força maior – fora para uma pescaria -, não se apresentando para formar a dupla deixou em xeque a mesa organizadora que tinha como chefe a Silvana do Issa. Confabulações daqui, confabulações dali, os organizadores do evento entenderam que o Cizico deveria, já que não comparecera o concorrente, correr sozinho o trajeto da corrida para consolidar sua vitória. Não deu outra... Com a maior ingenuidade do mundo ele se prontificou a correr na última largada. Foi num pique até a esquina do Clube do Comércio e quando voltou, nesta altura da insólita disputa já aclamadíssimo, foi extraoficialmente considerado o vencedor. Enfim, a pernada se safara do impasse e tivera um vencedor na pessoa do Cizico. Mas, dizer que no Arroio Grande bobagem pouca é mais bobagem, ainda, naquele dia a simploriedade foi a rainha... Não vê que não podia faltar numa hora dessas um gaiato, um espírito-de-porco, para botar minhoca no samba do Cizico. Quem poderia surgir para estremecer a majestosa vitória do inditoso fundista? Quem? O Prego!... Como mandarim Caturrita ele interpretou o regulamento da pernada de forma diversa da que chegara a Comissão Organizadora e sustentou a tese de que, em caso de ausência de um dos corredores, o regulamento era claro e norteava para um sorteio o incidente: Tudo no cara e coroa. Vai daí, a Silvana, irmã do coração do Cizico, chancela nas faces duma moeda: Cara, seria o Nico, coroa, o Cizico. Tudo acertado sobe a moeda e, ao plantar-se de volta, se apresenta resplandecente no mosaico da calçada apontando o verdadeiro vencedor. Não era, decididamente, dia do Cizico... Deu cara! Venceu o Nico!!!

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