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domingo, 14 de agosto de 2011

Os amigos


Franz Liszt e Frederic Chopin, gênios da música, foram grandes amigos. Por muitas vezes disputaram a mesma mulher. A mais famosa delas foi a escritora George Sands - que dizia ter Chopin feito um instrumento falar a linguagem do infinito. Esta, eles disputaram com outro gênio das artes, o escritor francês Alfred de Musset. Há, ainda hoje, um cantinho na Place Vendome onde está fixada uma placa alusiva à moradia de Chopin e Sands. Os músicos, embora a grande amizade que os ligava como irmãos, eram rivais e adversários nas composições e não se poupavam nos desafios. Chopin, certa vez, pregando uma peça em Liszt, compôs uma peça musical em que este deveria interpretá-la ao piano. Na peça, colocou uma quantidade tão grande de dificuldades que quase o obrigou a capitular na execução. Contam, como registro anedótico, que Liszt, para se vingar da molecagem, em troca, compôs outra para que Chopin a interpretasse. Com a pauta a sua frente, Chopin tocava a composição, quando, de forma inusitada, suas mãos ficaram impossibilitadas de continuar a música. Parou. Argumentou, então, que parava de tocar por existir uma nota impossível de executar. Liszt, para provar que era possível, sim, executar a música, senta-se ao piano. Quando chega àquele ponto em que tinham se paralisado as mãos de Chopin, abaixa-se e, com o nariz, toca uma só nota: era a nota que paralisara as mãos de Chopin.

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